Tempo de leitura: 3 minutos
Mylena Ribeiro/Governo do Tocantins
No Dia Mundial da Conscientização da Epilepsia, 26 de março, dia em que as campanhas de saúde fazem menção à conscientização da população acerca da doença o Servir, plano de saúde dos servidores do Tocantins, traz uma série de informações para seus usuários, por se tratar de um problema ainda muito comum e pouco diagnosticado. A epilepsia é consequência de uma atividade elétrica cerebral anormal, quando os neurônios, que supostamente são ligados e transmitem a corrente de estímulos elétricos, disparam juntos e excessivamente, trazendo as consequências clínicas conhecidas.
O Neurologista é o médico especialista mais indicado para acompanhamento dos casos e o Servir conta com nove prestadores no Tocantins que podem ser conferidos no Guia Médico, disponibilizado no site do plano. O diagnóstico ocorre com os relatos de pacientes e familiares, confirmado por ressonância magnética ou vídeo-eletroencefalograma, exame que permite registrar a atividade cerebral e filmar o comportamento do paciente em uma monitorização que pode durar 12h, 24h ou até 48h, sendo fundamental para uma avaliação precisa do quadro. Na ausência de profissional neurologista, o clínico tem conhecimentos gerais sobre o tema e também pode ajudar.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a epilepsia é uma das doenças neurológicas mais comuns, afetando quase 50 milhões de pessoas em todo o mundo. Sua incidência no mundo é maior em países menos desenvolvidos e, embora de forma mais branda que os primeiros colocados, o Brasil é um dos países com grande prevalência da doença no mundo, com uma média de incidência de 4 casos a cada 1000 habitantes.
Além de tumores, as principais causas de epilepsia são os traumatismos cranianos, como exemplo, em acidentes automobilísticos que causam determinados processos inflamatórios no cérebro e anos depois a pessoa desenvolve a doença. 70% dos pacientes controlam as crises com medicamentos imprescindíveis que são prescritos pelo médico responsável pelo acompanhamento do paciente, para que as atividades neuronais permaneçam sem sequelas. Quando não há o uso da medicação, o paciente pode até vir a apresentar disfunção nos neurônios.
Primeiros socorros
Caso você presencie uma pessoa com crise epilética, é preciso sempre contar o tempo de duração. Garanta a segurança da cena, retirando objetos que podem ser perigosos para o paciente em crise (como canetas e objetos cortantes, por exemplo), deite a pessoa de lado para que não haja risco de engasgamento e faça companhia: muitas vezes, após a crise, o indivíduo pode ficar desorientado, então uma pessoa que possa acalmá-la se torna uma boa ferramenta.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) deve ser imediatamente acionado, através do 192, quando as crises ultrapassam cinco minutos de duração, assim como, nos casos em que o paciente apresentar dificuldade para respirar, ou quando há ferimentos, gravidez, doença prévia, sobretudo, quando a crise ocorre na água ou ainda quando é a primeira ocorrência.
Preconceitos e mitos
Para diminuir o preconceito, a disseminação de informações é primordial. Muitas pessoas tem preconceito grande quanto à epilepsia e, a partir disso, muitos mitos existem, como a crença de que pessoas com epilepsia são incapazes, que a saliva das crises é contagiante, por exemplo. É importante ressaltar que é preciso diminuir essa barreira social com informações completas. Para pessoas com epilepsia, a pior crise é o preconceito.